quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Todos temos as nossas máquinas do tempo. Algumas levam-nos para trás - chamamos-lhes memórias. Outras levam-nos para a frente - são os sonhos.


Jeremy Irons

Eu tendo a achar que a máquina do tempo, tal como o carro, não foi concebida para andar premanentemente em marcha-atrás.

Aliás, o Código da Estrada, no seu artº 46, estabelece que "a marcha atrás só é permitida como manobra auxiliar ou de recurso e deve efectuar-se lentamente e no menor trajecto possível".

Andar para trás na máquina do tempo leva-nos a repetir incessantemente a nossa própria história. E a probabilidade de, fazendo o que sempre fizemos, termos o que sempre tivemos é muito grande.

Que sentido faz esperar resultados diferentes a partir dos mesmos processos?

Revisitar o passado inculca em nós aquilo a que chamamos convicções limitativas. A expectativa, que se vai transformando em verdade inquestionável, de que "não vale a pena", "não funciona", "não resulta".

Quantas oportunidades de sermos bem sucedidos já teremos perdido por nos termos auto-limitado?

Os sonhos movem-nos para a frente. Elevam-nos as expectativas. Criam caminhos. Orientam a nossa bússola interior.

Se sabemos para onde queremos ir, damos os passos certos no presente.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

The brain is a wonderful organ; it starts working the moment you get up in the morning, and does not stop until you get into the office.


Robert Frost


Converso diariamente com muitos empresários tocados pela curiosidade de saber o que é o coaching de negócios.

Não raras vezes, a reacção é qualquer coisa do género "nada disso é novo para mim".

É certo. No mundo dos negócios já quase tudo foi inventado (o quase fica na frase mais por pudor intelectual do que por profunda convicção).

Mas se assim é, porque é que há diferentes níveis de sucesso empresarial?

Três dicas:

1. Focus

A partir do momento em que passa a porta do escritório, loja ou fábrica, o mais provável é que o cérebro se lhe congele e o coração assegure as funções vitais.

Por muito que ontem tenha (re)descoberto todas as coisas que sabe que sabe e sabe que não faz mas deveria fazer, assim que os membros da sua equipa, clientes ou fornecedores lhe aparecem à frente com o clássico "posso roubar-lhe um minutinho" e você autoriza passou a estar em resposta e perdeu o controle. O focus.

Confesse lá: ontem quantas vezes respondeu "agora não"? Pois...

2. Organização

Já planeou o que vai fazer hoje? E amanhã? E na próxima semana? Tem uma lista de tarefas organizada por ordem de importância?

Escreva o que tem a fazer. Classifique de acordo com critérios de urgência e importância, mas seja rigoroso. Pense duas vezes se o que lhe parece urgente o é de facto. Mais: decida se pode delegar em alguém a execução dessas tarefas. O mais provável é que possa, e assim fica com tempo para o que é importante, ainda que não urgente.

Arrume as tarefas na sua agenda diária ou, de preferência, semanal.

Reserve pequenos espaços durante o dia para responder às solicitações de "um minutinho".

3. Disciplina

Agora que está focado e organizado, seja disciplinado e exigente consigo próprio: cumpra o que se propôs fazer.

Cada vez que se dedicar a uma das tarefas da sua lista, um dos items da sua agenda, leve-o até ao fim.

Antes de começar, assegure-se de que tem todos os elementos de que necessita para o concluir. Se não, não o comece. Agende-o para mais tarde.

No final do dia, antes de ir para casa, faça um balanço: que percentagem da sua agenda concluiu com sucesso? Registe o valor percentual a que chegou e faça dele um indicador da sua performance.

Exija a si mesmo ultrapassá-lo todos os dias.
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