quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um dos maiores desafios de quem lidera um negócio –e, eventualmente, não só – é lidar com todas as coisas que temos para fazer.

Poucos serão os que conseguem desenvolver a autodisciplina suficiente para não se sentirem, mais frequentemente do que desejariam, afogados nos chamados “pendentes”.

A boa notícia que tenho para vos dar é que isso não é uma fatalidade.

Aliás, tenho a profunda convicção de que já todos nós, num dado momento, sentimos que, de facto, tínhamos tudo sob controlo. Aqueles magníficos dias em que tudo nos sai da secretária, da agenda, da cabeça.

Nesses dias gostamos verdadeiramente de nós próprios. Por uma simples razão: praticamos a auto-disciplina, que é geradora de auto-estima. Essa, por sua vez, aumenta a nossa auto-confiança, conduzindo a bons resultados.

Então como fazer para viver mais desses dias?

Antes de mais, convém perceber de onde vem o nosso caos, essa constante e aflitiva dificuldade em lidar com tudo o que temos para fazer.

Na sua origem está um sentimento de inadequação. David Allen define “pendentes” – stuff, no original – como uma série de coisas (tarefas, assuntos, afazeres) que não pertencem onde estão. Lembramo-nos delas quando, de facto não temos a possibilidade de as resolver e, quando a temos, não nos ocorre fazê-las… Daí a inadequação: o que temos para fazer e os meios necessários para tal frequentemente não coincidem no tempo e espaço.

A maior parte de nós recorre, porque nos disseram que assim se fazia, a uma ferramenta chamada lista de pendentes ou “to-do list”. Resulta? Eu diria, da minha própria experiência, que não. Listar os assunto pendentes mais não é do que isso mesmo. Listar os assuntos pendentes. Ganhamos um papel, mas não uma acção.

O princípio não está errado: se o nosso cérebro não é capaz de lidar com o assunto, confiamo-lo a uma fonte externa, uma lista. Mas… e a acção?

A solução para o problema passa, acredito, em aplicar aos “pendentes” a fórmula da mudança:

(I x V) + PP > R

Baralhados? Eu ajudo:

I – Insatisfação
V – Visão
PP – Primeiros Passos
R – Resistência

Começa a fazer algum sentido? Apliquemo-la aos “pendentes”.

O mais provável é que todos nós, que acumulados coisas que não conseguimos resolver em tempo útil, nos sintamos insatisfeitos. Mas, verdadeiramente, quão insatisfeitos?

Sejamos militantes na insatisfação! Arrependamo-nos toda e cada vez que constatemos que algo que já poderia estar resolvido não o está. Arrependam-nos do tempo que desperdiçamos.
Somos profundamente rígidos com quem não valoriza o nosso tempo. Com quem nos faz perder tempo à espera de uma reunião, com quem não atende o telefone quando precisamos de falar, com quem não nos manda a informação de que necessitamos para acabar um trabalho. E connosco? Somos igualmente rígidos? Porque toleramos os nossos desperdícios de tempo?
O tempo não se gere. Não transformamos as 24 horas do dia em 25 ou 26… Nem podemos utilizar amanhã o tempo que não utilizamos hoje…

Uma técnica interessante para fomentar a insatisfação é praticar intencionalmente a procrastinação. Estão em condições de resolver um pendente importante? Não o façam. Deliberadamente. Como se sentem? Verdadeiramente insatisfeitos?

…continua

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Há um provérbio, suponho que de origem judaica, que diz “o Homem planeia, Deus ri-se”…

Um outro, cuja origem desconheço, diz que “aquele que falha no planeamento, planeia falhar”.

A importância do planeamento é indiscutível. Ao elaborar um plano, ao reduzi-lo a escrito, definimos claramente os nossos objectivos e, esses, são a bússola do nosso cérebro.
Se sabemos para onde vamos, tomamos acção e fazemo-nos ao caminho.

Seria uma de uma inocência atroz tentar defender aqui a infalibilidade dos planos. De facto, a maior parte dos planos, por uma ou outra razão, falham.

Arriscaria mesmo dizer que, na sua maior parte, falham por não serem verdadeiros planos mas sim um resumo de boas intenções.

O que faz, então, com que passemos de uma interessante colectânea de boas intenções a um plano poderoso?

Proponho-vos 3 regras:

1. Jogar o jogo dos porquês – todo e cada um dos objectivos deve responder à questão primordial: porque é que é fundamental que atinja este objectivo? A simples definição, especificação e calendarização de um objectivo pode não ser o suficiente. No entanto, passando no crivo dos porquês, faz-nos começar imediatamente a caminhar na sua direcção.

2. Comunicação – partilhar o plano com alguém em quem confiamos é fundamental. Porque nos compromete com o plano. Ao comunicar o nosso plano, criamos vácuo. Que virá a ser preenchido com os objectivos cumpridos. Comunique e preste contas.

3. Decisão ou “de-cisão” – de que adianta traçar um plano se verdadeiramente não se decidir cumpri-lo? Esta é a razão pela qual falhamos a maior parte dos nossos objectivos. Se queremos deixar de fumar nunca o conseguiremos se não DECIDIRMOS fazê-lo. Mas não falharemos se o DECIDIRMOS. Da mesma forma, todo e qualquer plano irá falhar se não decidirmos agir em conformidade.

Planeie, é importante. Fundamental é decidir agir.

Precisa de ajudar para planear? Consiga-a aqui. Tem um plano que não funciona? Posso ajudá-lo. Comece aqui e terá de volta uma sessão de coaching gratuita e sem qualquer compromisso.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A informação sobre a Casa Frazão chegou-me há uns dias via noticiário da hora de almoço.


O que faz da Casa Frazão um caso televisivo? O facto de ser um negócio tradicional, em pela Rua Augusta em Lisboa, com quase 80 anos e ainda assim sobreviver? Não!


A verdadeira razão pela qual foi notícia foi o facto de o capital ser detido pelos funcionários, que receberam as acções por herança do fundador. Se isso me chamou especial atenção? Nem por isso.


O que me prendeu na reportagem foi o facto de um dos administradores ter afirmado que "esta empresa, sendo pequena, se comporta como uma empresa grande".


De facto, e se queremos ser grandes, teremos que nos comportar como se fossemos grandes. Quem tem filhos a entrar na idade da adolescência compreende isto tão bem...


Há muitas coisas no mundo dos negócios, que temos como exclusivo das empresas grandes: orçamentos, demonstrações de resultados previsionais, reporting, avaliação de desempenho, tableaux de bord, gestão por objectivos, indicadores-chave... Enfim! Poderia continuar indefinidamente.


Se são ferramentas úteis para as empresas de maior dimensão e se, um dia, queremos ser como elas, porque não começar já a utilizar as mesmas ferramentas? Se as empresas grandes conseguem, porque não haveriam de conseguir as pequenas?

Precisa de ajuda? Comece aqui.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Perguntar-se-ão que relevo tem isto para os negócios e para as empresas...
Também nos negócios, a verdade é fundamental para tomarmos boas decisões.
Se faltamos à verdade? A experiência diz-me que sim. Eu explico:
A maior parte das vezes, por deficit de informação qualitativamente boa. Por não conhecermos os números fundamentais dos nossos negócios, por não conhecermos a opinião dos nossos clientes. Por não ouvirmos a nossa equipa.
Outras vezes porque a verdade dói. É inconveniente, diria Al Gore. E há desculpas que soam tão bem...
Tomar boas decisões passa, desde logo, por nos apropriarmos da verdade. Tal como ela é. Boa ou má. Só a partir daí podemos mudar. Tomar decisões assentes em informação pouco rigorosa é comprar um erro novo. Pode ser diferente, mas melhor não é.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Está preparado para uma mudança de regras do jogo?

Numa altura em que tantas empresas e empresários lutam para fazer crescer os seus negócios, os vendedores de motos de 125 cc viram as suas vendas subir uns fantásticos 420% no primeiro semestre de 2010.
Mais vendedores? Nem por isso... Formação de vendas? Talvez, mas não é por aí... Investimentos em marketing? Também não creio...
O verdadeiro responsável por este crescimento foi, nada mais nada menos, uma alteração legislativa. Isso mesmo.
A chamada "lei das 125", que veio permitir a condução de motos até 125 cc por indivíduos portadores de carta de condução de veículos automóveis ligeiros - sem a necessidade de qualquer formalismo adicional - foi responsável por um autêntico milagre nas vendas.
A verdade é esta: as regras do jogo mudam. E, mudando, criam oportunidades e desafios.
Os nossos negócios estão preparados para regir rápido e tirar o máximo partido dessas oportunidades?
Que cenários conseguimos prever? Como nos adaptamos? Vale ou não vale a pena pensar nisso?
Está preparado para ver as suas vendas crescerem 420%?
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